Terça-feira, 13 de abril de 2010
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RICARDO GALLO
da Reportagem Local
A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar a atuação do Instituto Gomes Pimentel, que usava o nome do Ministério da Educação para vender um certificado de qualidade a instituições de ensino.
O instituto, de Guarulhos (Grande SP), cobrava cerca de R$ 2.000 pelo "Prêmio Nacional de Qualidade no Ensino", que dizia se basear em dados do MEC. O ranking é inexistente, como revelou a Folha ontem.
RICARDO GALLO
da Reportagem Local
A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar a atuação do Instituto Gomes Pimentel, que usava o nome do Ministério da Educação para vender um certificado de qualidade a instituições de ensino.
O instituto, de Guarulhos (Grande SP), cobrava cerca de R$ 2.000 pelo "Prêmio Nacional de Qualidade no Ensino", que dizia se basear em dados do MEC. O ranking é inexistente, como revelou a Folha ontem.
Esquema
O esquema funcionava assim: o instituto enviava carta às instituições e as apontava como vencedoras do prêmio. O dinheiro pago seria para cobrir despesas, dizia a empresa, que funciona em um sobrado.
Entre as "vencedoras" está a Faculdade de Computação e Informática da Faap, de SP, bem avaliada pelo MEC _teve nota 4 no Índice Geral de Cursos, que vai de 1 a 5. A instituição disse ter pensado se tratar de um prêmio idôneo. Além dela, escolas como a Qui-Mimo, de Guanambi (BA), e o supletivo Supla, de Timbó (SC), foram "eleitos" os melhores do país.
Ontem, Luís Nogueira, dono do Instituto Gomes Pimentel, disse que, por conta da reportagem da Folha, cancelou a edição 2010 do prêmio. O preço neste ano subiu: chegou a superar R$ 3.000.
O sindicato das escolas particulares do Estado criticou as escolas que aderem a prêmios do tipo. "Escola séria não precisa disso", disse o presidente Benjamin Ribeiro da Silva.
Fonte: UOL